Espécies brasileiras

Ornithophora radicans

Postado em

Saudações orquidófilas a todos os amigos do Brasil e do mundo que visitam meu blog. Hoje aproveitando a tarde chuvosa de Ribeirão Preto, quero dividir com vocês a forma que ando cultivando a brasileiríssima Ornithophora radicans que adquiri do Orquidário Colibrí.

4532839457_6462c2dfac_b
Flor em forma de pássaro!!

Quando a comprei, em 2015, a fixei em um coqueiro, amarrado com um pouco de sfagno e regando 4 vezes por semana (Ribeirão Preto é muito quente!). Venho aplicando uma mistura de micronutrientes, manutenção, e enraizador, tudo em doses bem homeopáticas e regando minhas plantas com esta mistura a cada 15 dias. Com o tempo suas raízes foram se espalhando e se fixando no coqueiro.  Este ano por fim ela floresceu e pude conferir suas delicadas flores. Depois da florada vou dividi-la para foram uma nova muda . Percebi que ela vai muito bem em vasos, quem já a cultiva percebe que com o tempo vai se formando uma toiceira bem cheia de folhas, bulbos e belas flores e talvez por isso não sei se foi uma boa escolha plantá-la em coqueiro, devido sua base lisa, a plantinha não enraizou fortemente, embora esteja presa, por que também solta muitas raízes aéreas.

Para quem esta começando se aventurar no cultivo de orquídeas, ela é ideal, pois sua manutenção é fácil. A planta tem um poder bem grande de crescimento e muitas vezes lembram até capim. Seus bulbos são numerosos, suas folhas alongadas e finas, as raízes são aéreas e finas também. A planta, epífita, gosta de umidade e meia luz. Florescem no verão e apresenta miniflores de aproximadamente 1 cm. O nome do gênero refere-se ao formato de passarinho em pleno voo que suas flores têm, quando vistas de perfil.

ornithophora-radicans-pec306171128

A Ornithophora radicans é brasileira, vive na Mata Atlântica entre o Sudeste até os estados do sul do Brasil. Algumas vezes já mencionei a Mata Atlântica neste blog e gosta sempre de falar, pois é um bioma extremamente rico em biodiversidade. A Mata Atlântica encontra-se no litoral brasileiro, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.

Riquíssima em espécies de orquídeas  que aliás você pode conferir clicando neste site: www.orquideasdamatatlantica.com, a Mata Atlântica proporciona as condições ideias para suas plantas, umidade, luz, nutrientes, polinizadores, temperatura e paz para se reproduzir, por isso, protege-la é proteger um banco genético que se perdido não mais se regenerará. Orquídeas só de orquidários respeitados!!!

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ornithophora

http://www.colibriorquideas.com.br/especies/Ornithophoraradicans.php

English version

Greetings to all the friends of Brazil and the world who visit my blog. Today, taking advantage of the rainy afternoon of Ribeirão Preto, I want to share with you the way I am cultivating the very Brazilian Ornithophora radicans that I bought from Orquidário Colibrí.
When I bought it in 2015, I fixed it on a coconut tree, tied with a little sphagnum and watering 4 times a week (Ribeirao Preto is very hot!). I am applying a mixture of micronutrients, maintenance, and rooting, all in very homeopathic doses and watering my plants with this mixture every 15 days. Over time their roots were spreading and settling on the coconut. This year it finally bloomed and I could check out its delicate flowers. After the flowering I will divide it to have been a new seedling. I noticed that it goes very well in pots, those who already cultivate it realize that over time there is forming a noice well full of leaves, bulbs and beautiful flowers and maybe for that reason I do not know if it was a good choice to plant it in coconut tree, due to Its smooth base, the plant does not take root strongly, although it is attached, because it also releases many aerial roots.

For those who are starting to venture into the cultivation of orchids, it is ideal because its maintenance is easy. The plant has a very great power of growth and often resembles grass. Its bulbs are numerous; its leaves elongated and thin, the roots are aerial and thin as well. The plant, epiphyte, likes moisture and half light. They bloom in summer and feature miniflores of about 1 cm. The name of the genus refers to the shape of the bird in flight that its flowers have when viewed in profile.
Ornithophora radicans is Brazilian, lives in the Atlantic Forest between the Southeast and the states of southern Brazil. I have sometimes mentioned the Atlantic Forest in this blog and always like to speak because it is a biome extremely rich in biodiversity. The Atlantic Forest is located on the Brazilian coast, stretching from Rio Grande do Norte to Rio Grande do Sul.
The Atlantic Forest provides the ideal conditions for your plants, humidity, light, nutrients, pollinators, temperature and peace to reproduce, and therefore protects you from all kinds of orchids, which you can check by clicking on this website: http://www.orquideasdamatatlantica.com It is to protect a genetic bank that if lost will no longer regenerate. Orchids only from respected orchids !!!

 

Férias e orquídeas (english version)

Postado em Atualizado em

Saudações fraternas aos amigos de todo o mundo que visitam meu blog. Andei meio sumido pois estava muito cheio de trabalho e um pouco doente, mas agora chegando as férias escolares estou de novo muito feliz por ter tempo de falar um pouco sobre a paixão de todos os visitantes deste blog, nossas amigas orquídeas. Hoje por exemplo fui à 6ª Exposição de Orquídeas de Ribeirão Preto que está acontecendo no Clube Ipanema, em Ribeirão Preto.

Frequentar estas exposições são um ótimo meio de fazer novas amizades e conhecer ainda mais sobre o mundo das orquídeas. Desta vez tive a oportunidade de aprender mais sobre a Cattleya Walkiriana e algumas de suas variações como a  Magnifica, a Feiticeira e a Madona além de outras variedades raras de Walkirianas.

174_1_20151124164603
Cattleya Walkiriana Alba

Como gostei de saber sobre estas orquídeas, resolvi estudar um pouco e dedicar a elas um post aqui no blog. Então vamos lá!

As Cattleyas Walkirianas, foram descobertas nas margens de um afluente do Rio São Francisco, ainda no estado de Minas Gerais, pelo botânico escocês George Gardner em 1839 e recebeu este nome em homenagem ao seu assistente, Edward Walker.

Famosas pela perfeição simétrica das flores, são orquídeas genuinamente brasileiras, mais especificamente de apenas seis estados: Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como estes estados estão localizados no Trópico de Capricórnio, fica fácil imaginar que as Walkirianas gostam de calor e umidade já que seu habitat natural são as matas ciliares próximas a rios e terrenos úmidos como pântanos e lagos. Porém devido a variedade altimétrica destes estados pode-se encontrar orquídeas em regiões de cimas mais amenos com altitudes de 1.200 metros ou mais.

c_walkeriana_feiticeira

São epífitas e apreciam  naturalmente a luz filtrada pelas árvores, por isso em orquidários recomenda-se sombrite entre 50%  a 70% dependendo da claridade ou luz intensa não direta. Adaptam-se bem a tocos de árvores como o Sansão do Campo e misturas de casca de pinus, musgo e carvão, além de se adaptarem bem a vasos com casca de macadâmia. É bom lembrar que é importante deixar no fundo um bom material de dreno como isopor ou pedra brita para airar as raízes impedindo o excesso de água. Por isso cuidado, a planta  não tolera subtrato encharcado mas também sente muito a desidratação, por isso fique atento à umidade do ambiente.

A temperatura também é importante, o ideal é que a média fique entre 25ºC e 35ºC durante o dia e entre 20ºC e 30ºC à noite.

Acessando o site http://www.walkerianadonato.com.br/dicas, você encontrará dicas preciosas para a saúde de suas Walkirianas.

Muitas Walkirianas sofrem com a coleta ilegal, em algumas regiões do estado de São Paulo, por exemplo sabe-se que quando foram descobertas,  foram tão coletadas que sumiram da natureza e isso se deve primeiramente ao seu alto valor comercial nacional e internacional e também á ganancia de alguns que visam apenas os ganhos e não se preocupam com a perdas na biodiversidade a qual cada um dos seres vivos desempenham um papel na harmonia dos ecossistemas.

555x375_walker_hab_ed
Cattleya Walkiriana Gardner

Notórias pela variedade de cores e um perfume semelhante a canela, hoje as Walkirianas mais raras, atingem valores muito altos, como é o caso da variedade Magnifica, a Walkiriana mais perfeita de todas. Poucos são o orquidófilos que comercializam estas raridades e menos ainda são os que detêm seu material genético, talvez por isso que quando é identificado algum foco de qualquer tipo de orquídea muito valorizada no meio colecionador, há uma exploração implacável da espécie. Por isso sempre recomendo aos colecionadores adquirirem plantas apenas de orquidários e vendedores que cultivam a ideia de preservar a espécie em seu habitat natural.

Vale a pena pesquisar mais sobre essas curiosidades que fazem parte do mundo da orquidofilia.

Fontes:

http://www.walkerianadonato.com.br/

http://www.orquidario.org/plantames/dez06/dez06page.htm

http://orchidbrazil.com.br/

http://www.walkeriana.net/

http://perfildaplanta.blogspot.com.br/2015/03/as-especies-de-cattleyas-brasileiras.html

http://www.cactos.com.br/br/index.php?option=content&task=view&id=208&Itemid=233&limit=1&limitstart=1

Vídeos:

Holiday and orchis

Fraternal greetings to friends from all over the world who visit my blog. I was a little confused because I was very busy and a little sick, but now coming to school holidays I am again very happy to have time to talk a little about the passion of all visitors to this blog, our friends, orchids. Today for example I went to the 6th Orchid Exhibition of Ribeirão Preto that is happening at the Ipanema Club, in Ribeirão Preto. Attending these exhibitions is a great way to make new friends and get to know even more about the world of orchids. This time I had the opportunity to learn more about Cattleya Walkiriana and some of its variations such as Magnifica, Sorceress and Madonna as well as other rare varieties of Walkirianas.

The Walkirianas Cattleyas were discovered on the banks of a tributary of the San Francisco River, still in the state of Minas Gerais, by the Scottish botanist George Gardner in 1839 and named after their assistant, Edward Walker.

Famous for the symmetrical perfection of flowers, they are genuinely Brazilian orchids, specifically of only six states: Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. As these states are located in the Tropic of Capricorn, it is easy to imagine that the Walkirianas like warmth and humidity since their natural habitat is the riparian forests near rivers and wetlands like marshes and lakes. However, due to the altimetric variety of these states, orchids can be found in regions with loftier peaks with altitudes of 1,200 meters or more.

They are epiphytes and naturally appreciate the light filtered by the trees, so in orchids is recommended sombrite between 50% to 70% depending on brightness or intense light not direct. They adapt well to tree stumps like the Field Samson and mixtures of bark of pine, moss and charcoal, and also adapt well to pots with bark of macadamia. It is important to remember that it is important to leave in the bottom a good drainage material like Styrofoam or stone gravel to irritate the roots preventing excess water. So be careful, the plant does not tolerate soaking substrate but also feels very dehydrated, so be aware of the humidity of the environment. The temperature is also important, ideally the average should be between 25 ° C and 35 ° C during the day and between 20 ° C and 30 ° C at night.By accessing the site http://www.walkerianadonato.com.br/dicas, you will find valuable tips for the health of your Walkirianas. Many Walkirianas suffer from illegal collection in some regions of the state of São Paulo, for example it is known that when they were discovered, they were so collected that they disappeared from nature and this is due primarily to their high national and international commercial value and also to Gain of some that only aim at the gains and do not worry about the losses in the biodiversity to which each of the living beings play a part in the harmony of the ecosystems.

Alto Paraíso e a mística Galeandra

Postado em Atualizado em

Um cidade no meio da savana brasileira, fundada por pessoas que queriam viver em paz e em harmonia com a vida, com a Mãe Terra e o cosmos, uma cidade multicultural cheia de línguas, pontos de vidas, crenças ealto paraíso 2 religiões, lugar de vegetarianos, yogues, bruxos, extraterrestre. Lar do yogue Sri Prem Babasri prem baba, de terreiros de umbanda, igrejas cristãs, covens de bruxos, terapeutas, cantores, hippies e muito mais que você possa imaginar, esta é a cidade de Alto Paraíso de Goiás.

Neste meio místico é que surge a famosa orquídea Galeandra Chapadensis, menina tímida, ninfa que se esconde nas matas da Chapada dos Veadeiros, no Estado de Goiás.galeandra chapadensis

Orquídea descoberta na Chapada dos Veadeiros, por isso o nome: Galeandra Chapadenses, é endêmica do local. O gênero Galeandra  possui aproximadamente 40 espécies espalhadas por vários países da América do Sul e Ásia tropical. Podem ser terrestres ou epífitas. No Brasil preferem campos secos e arenosos além de matas ralas e com altitude superior a 900 metro, o que dá margem para falar da Galeandra Chapadenses, cujo habitat, a Chapada Dos Veadeiro apresenta clima seco durante o inverno e úmido durante o verão e possui a pedologia marcada por rochas areníticas, lugar preferido da Galeandra Chapadense, a também conhecida orquídea beija-flor.galeandra chapasdensis 3

Este espécie floresce no outono ou verão, apresenta folhas alongadas, apresentam pseudobulbos quando epífitas, seu crescimento é cespitoso, ou seja, lança brotos e caule de maneira aglomerada, possui porte pequeno (13 cm de cumprimento) e flores grandes. No inverno a espécie entra em dormência assim como várias espécies de Catasetuns.

Cultivo: A Galeandra pode ser cultivada do mesmo que é cultivado os Catasetuns, aliás ela é parente deles!!. Pode ser plantada em garrafa pet com furos e o básico: pedra  embaixo e esfagno. Cuidar pra não umedecer demais o musgo por que pode sufocar as raízes, iluminação entre 50% a 75%, aplicar adubo orgânico de preferencia e lembrar que assim como os primos Catasetuns, a Galeandra também hiberna durante um tempo. Segundo o Luis, proprietário do Orquidário Santa Catarina de Itápolis, é muito difícil polinizar uma Galeandra, por isso as mudas que ele consegue é de brotinhos da própria planta matriz.

 

Compra: http://yassunakaorquideas.com.br/mudasdeorquideas_119_0_Galeandra-chapadensis

Algumas espécies de Galeandras:

Galeandra Minax
Galeandra Minax
galeandra stangeana
Galeandra Stangeana
galeandra villosa
Galeandra Villosa

Vídeo:

Fontes:

http://orquideas-bromelias.blogspot.com.br/2014/03/134-orquidea-galeandra-chapadensis.html

https://es.wikipedia.org/wiki/Galeandra

https://sites.google.com/site/orquidecampos/plantas-por-nome/especies/galeandra/galeandra-chapadensis

http://orquideasfloresperfeitas.blogspot.com.br/2012/04/tipos-de-crescimento-de-orquideas.html

http://www.bvorchids.com.br/ptbr/geral/plantas.php?id=S1691

English Version:

A town in the middle of the Brazilian savannah, founded by people who wanted to live in peace and harmony with life, with Mother Earth and the cosmos, a full multicultural city of languages, life points, beliefs and religions, place of vegetarians, yogis, wizards, extraterrestrial. Home of the yogi Sri Prem Baba, of terreiros of Umbanda, Christian churches, covens of witches, therapists, musicians, hippies and more that you can imagine, this is the city of Alto Paraíso de Goiás.

This mystical means is that there is the famous orchid Galeandra chapadensis, shy girl, nymph hiding in the woods of Chapada dos, state of Goiás.

Orchid discovered in the Chapada dos Veadeiros, hence the name: Galeandra Chapadenses, is endemic to the place. The Galeandra genus has about 40 species across several countries in South America and tropical Asia. Can be terrestrial or epiphytic. In Brazil prefer dry and sandy fields in addition to thin forests and altitude of 900 meters, which gives rise to talk of Galeandra Chapadenses, whose habitat, Chapada Dos Veadeiros features dry weather during the winter and humid during the summer and has the pedology marked by sandstone rocks, favorite place of Galeandra chapadense, the well-known orchid hummingbird.

This species blooms in the fall or summer, has elongated leaves, pseudobulbs when epiphytes, their growth is cespitose, ie spear buds and stem crowded way, has small (13 cm long) and large flowers. In winter the species goes into dormancy as well as several species of Catasetuns.

Cultivation: The Galeandra can be grown the same that is grown the Catasetuns , indeed it is a relative of them !! . It can be planted in plastic bottle with holes and basic : stone underneath and sphagnum . Careful not too wet moss that can suffocate the roots , lighting from 50 % to 75 % , apply organic fertilizer and preferably remember that just as Catasetuns cousins, the Galeandra also hibernates for a while. According to Luis , the owner of Orchid St. Catherine of Itápolis , it is very difficult to pollinate one Galeandra , so the seedlings he gets is of his own mother plant shoots.

 

As primitivas baunilhas da Kalunga e a Chapada dos Veadeiros (english version)

Postado em Atualizado em

Olá amigos de todo mundo, mais uma vez sinto alegria em relatar minhas andanças pelo Brasil em busca de aventura, belezas naturais, cultura e se possível orquídeas.mapa chapada
Em julho de 2016 descobri tudo isso visitando a belíssima Chapada dos Veadeiros no estado de Goiás, coração do Brasil. A Chapada dos Veadeiros, pra quem não sabe, é um parque nacional e patrimônio mundial reconhecido pela UNESCO, é lar do bioma do cerrado e abriga uma infinidade de plantas e animais. O cerrado é um vegetação semelhante à savana africana, porém é mais rico em biodiversidade além de ser local de nascente de vários rios que vão formar importantes bacias hidrográficas.

4302863

No mês de julho, inverno no Brasil, há uma explosão de flores no cerrado,009 pude vê-las caminhando pelas trilhas do Parque Nacional e com olhos curiosos tentei observar se haveria alguma orquídea no meu caminho, infelizmente não encontrei nenhuma delas nas trilhas para as cachoeiras do parque nacional, porém já no outro dia iria me deparar com algumas surpresas daquele lugar mágico.

 

Seguindo a viagem  visitei um antigo Quilombo Kalunga, local de esconderijo dos negros fugindo da escravidão no Brasil do século  dezoito.

Encontro-Negro_640x2000
Encontro de culturas em Kalunga

Um lugar simples, cheio de gente humilde vivendo num paraíso natural, podendo vislumbrar as belezas do céu enluarado sem interferências da poluição e do barulho da cidade grande. No mercado da vila ao me aproximar, vi que eram oferecidas aos visitantes vagens de baunilha colhidas no meio da vegetação. Vagens grandes, cheirosas que cresciam naturalmente no meio do cerrado. Fiquei maravilhado com a descoberta, neste mesmo dia fomos a uma cachoeira com águas cor de esmeraldas, a cachoeira mais linda que já vi na vida, chamava-se Santa Bárbara.

images
Cachoeira Santa Bárbara

No outro dia, já de tarde, após visitar inúmeras cachoeiras, perto da cidade de Alto Paraíso e Cavalcante, fomos relaxar nas piscinas de águas termais no interior da floresta e lá após alguns dias caçando orquídeas, pude observar as baunilhas nativas que cresciam longas e fortes entre as árvores.

13729011_1074678445946106_1300695996529868147_n
Baunilha

O tamanho impressionava, a força para se erguer em busca de luz também. O caule cilíndrico, a raiz terrestre e o fato desta ser uma das mais antigas famílias de orquídeas do mundo na verdade não surpreende, posto que a região da Chapada dos Veadeiros também é uma das regiões mais antigas do mundo.

 

O surgimento da Vanilla da família orchidaceae, está situada nos primórdios do Cretáceo, há 130 milhões de anos atrás, foi uma das primeiras orquídeas a desenvolver flores, mas o que chama mais atenção nelas são as vagens com sementes escuras e saborosas.

Esta família está distribuída em várias regiões do mundo, na Chapada dos Veadeiros provavelmente foi a espécie Vanilla chamissonis, que encontrei no meio da mata. A plantas podem atingir 30 metros de comprimento e a maior dificuldade em planta-las para comercialização é a necessidade de polinização manual.

Já em seu habitat, os insetos polinizadores fazem este trabalho, que mais tarde será ganha pão dos kalungas.

 

Fonte:

Orquídea Baunilha: Origem e Espécies

http://www.delfinadearaujo.com/generos/vanilla/vanilabr.htm

Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros: 16 anos de resistência

ENGLISH VERSION

Hello friends from all over the world once again feel joy in my wanderings report by Brazil in search of adventure, natural beauty, culture and possible orquídeas.mapa chapada

In July 2016 I discovered all this by visiting the beautiful Chapada dos Veadeiros in Goiás state, the heart of Brazil. The Chapada dos, for those unaware, is a national and world heritage recognized by UNESCO park, is the cerrado of home and houses a multitude of plants and animals. The Cerrado is a vegetation similar to the African savanna, but is richer in biodiversity as well as being local source of several rivers that will form important watersheds.

In July, winter in Brazil, there is an explosion of flowers in the cerrado, 009 could see them walking the trails of the National Park and with curious eyes tried to see if there was any orchid in my way, unfortunately not found any of them on the trails the waterfalls of the national park, but already the other day would come across some surprises me with that magical place.

Following the trip I visited an old Quilombo Kalunga, blacks hiding place fleeing slavery in the eighteenth century Brazil.

A simple place, full of humble people living in a natural paradise, and can glimpse the beauty of moonlit sky without interference pollution and big city noise. In the village market as I approached, I saw that were offered to visitors vanilla beans harvested in the middle of vegetation. large pods, smelling that grew naturally in the middle of the savannah. I marveled at the discovery, in the same day we went to a waterfall with color emerald waters, the most beautiful waterfall ever seen, was called Santa Barbara.

The other day, as of late, after visiting numerous waterfalls near the town of Alto Paraíso and Cavalcante, we relax in the thermal pools in the forest and there after a few days hunting orchids, I could observe the native vanilla that grew long, strong among the trees.

Vanilla

The size impressive, the strength to stand up for light as well. The cylindrical stem, the earth roots and the fact that this is one of the oldest families in the world orchids actually not surprising, since the region of Chapada dos is also one of the oldest regions of the world.

The emergence of the Vanilla orchidaceae family, is situated in the beginning of the Cretaceous, 130 million years ago, it was one of the first orchids to develop flowers, but what draws more attention to them are the pods with dark and tasty seeds.

This family is distributed in various regions of the world, in the Chapada dos Veadeiros it was probably the Vanilla chamissonis kind, which I found in the woods. The plants can reach 30 meters long and more difficult to plant them for marketing is the need for manual pollination.

Now in its habitat, the pollinating insects do this work, which will later be breadwinners of Kalunga.

 

Visit Chapada dos Veadeiros

Access: http://www.chapadadosveadeiros.com/

Source:

Orquídea Baunilha: Origem e Espécies

http://www.delfinadearaujo.com/generos/vanilla/vanilabr.htm

Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros: 16 anos de resistência

Fotos da 53º Exposição de Orquídeas de Ribeirão Preto 2016

Postado em

Estava meio sumido, mas firme na paixão pelas orquídeas. No final de semana passado aconteceu a 53º Exposição Nacional de Orquídeas de Ribeirão Preto e mais uma vez como a tantos anos, fui me inundar de beleza, aroma e cores. Este ano prestei muita atenção na fragrância  que muitas espécies exalavam, fiquei assim por dizer embriagado pelo cheiro da Catleya Walkiriana, interessante notar que cada exemplar exala um perfume particular. Ainda foi possível ver algumas orquídeas que outrora não tinha visto como a Drácula Lotax, da Colômbia e a Isabellia Virginalis do Brasil.

Fiz algumas fotos, não como profissional, até porque não sou mas como apenas um visitante. Logo postarei algumas informações sobre a Isabellia Virginalis no blog.

 

English version:

I was half gone, but firm in the passion for orchids. At the end of last week it happened the 53rd National Exhibition of Ribeirao Preto Orchids and again like so many years , I was flooded me beauty , aroma and color . This year pay much attention to the fragrance that gave off many species, I say so intoxicated by the smell of Catleya Walkiriana , interesting to note that each copy exudes a particular perfume. It was still possible to see some orchids that once had not seen as Dracula lotax , Colombia and Isabellia virginalis Brazil.

I made some photos, not as a professional, because I am not but as just a visitor. Soon post some information about Isabellia virginalis blog.

Novas espécies de orquídeas são descobertas na Amazônia

Postado em

Duas novas espécies de orquídeas foram descobertas recentemente nos arredores de Manaus pelo bolsista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Jefferson José Valsko. A planta, considerada ornamental e a rainha das flores, está entre as mais procuradas para presentear, decorar residências e ainda como tempero.

As orquídeas encontradas foram batizadas de Dichaea bragaeAnathallis manausesis. Os nomes homenageiam o pesquisador do Inpa Pedro Ivo Soares Braga, já falecido, e que fez importantes estudos sobre a planta na Amazônia.

20160502095041758514o
Dichaea bragae

“A Dichaea bragae é uma planta pêndula, pequena, chegando a cinco centímetros de comprimento, a flor chega a cinco centímetros e apresenta uma estrutura chamada labelo, que é uma pétala modificada. É uma estrutura de pouso de insetos polinizadores. Percebemos que o labelo era totalmente diferente do grupo que a gente vinha estudando”, explicou o bolsista Jefferson, que é biólogo e mestre em Diversidade Biológica.

Já a flor da Anathalis manausesis, de acordo com o pesquisador, tem apenas 3 milímetros (mm) e sua folha mede menos de 1 centímetro (cm). Ela é considerada a menor das espécies já descritas. “É uma microórquídea, precisou de um microscópio, porque a flor é muito pequena, o seu labelo era muito reduzido, e com pelos, o que diferenciou das espécies já descritas”, descreve Valsko.

RTEmagicC_orquidea_a_manausensis__jefferson_valsko.jpg
Anathallis manausesis

Segundo o Inpa, o Brasil registra mais de três mil tipos de orquídeas. No Amazonas, são cerca de 300. De acordo com o biólogo, as orquídeas da amazônia têm características semelhantes às de outras regiões. Elas podem ser encontradas, principalmente, nas chamadas campinaranas amazônicas, áreas com solos arenosos, e também na copa de árvores.

“Orquídeas têm preferência, uma necessidade de luz, uma luz difusa. E a copa das árvores é um ambiente ideal para elas. Quando você anda aqui em uma floresta de ombrófila densa, que é uma floresta alta, com árvores de até 25 ou 30 metros, dificilmente você consegue enxergar orquídeas”, esclarece.

O pesquisador disse que, por isso, as pessoas acham que é raro encontrar orquídeas na Amazônia. “Essas espécies estão em maior densidade na copa das árvores. Já nas campinaranas, como as árvores são bem mais baixas, você visualiza com facilidade essas espécies”.

Valsko explica que as orquídeas são importantes para a natureza porque ajudam no ciclo do carbono, por meio da fotossíntese e da respiração. Além disso, elas atraem insetos polinizadores específicos. “Algumas são polinizadas apenas por abelhas, outras podem ser polinizadas por borboletas, aves ou moscas”.

A equipe de Jefferson José Valsko já havia descoberto nos últimos quatro anos outras três espécies de orquídea na Amazônia: Dichae Diminuta, Dichae fusca e aAnathallis roseopapillosa.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/05/02/novas-especies-de-orquideas-sao-descobertas-na-amazonia.htm

 

ENGLISH VERSION

New orchid species are discovered in the Amazon

Two new species of orchids were recently discovered on the outskirts of Manaus by fellow of the National Institute of Amazonian Research ( INPA) Jefferson José Valsko . The plant , considered ornamental and the queen of flowers , is among the most sought for gift giving , decorating homes and also as a spice .

Orchids found were dubbed Dichaea bragae and Anathallis manausesis . The names honor the INPA researcher Pedro Ivo Soares Braga , now deceased , and made important studies on the plant in the Amazon.

The Dichaea bragae is a pendulum plant, small , reaching five cm long, the flower reaches five centimeters and has a structure called the lip , which is a modified petal . It is a landing structure of pollinating insects . We noticed that the lip was totally different from the group that we had been studying.

Visit Amazon: http://www.visitamazonastour.com/

 

Curso de Orquídea na USP de Ribeirão Preto

Postado em Atualizado em

Estão abertas as inscrições até 15 de junho, para o sexto Curso de Orquídeas, que será de 4 a 7 de julho, das 14 horas às 18 horas, no Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

O objetivo do curso é oferecer informações sobre a história natural das orquídeas, sobre a reprodução e a preservação da flora e fauna. Outro tema que será discutido é o comércio de plantas nativas.  O evento é uma promoção do Laboratório de Biologia Molecular e Biossistemática de Plantas (LBMBP) e do Departamento de Biologia, ambos da FFCLRP.

Os interessados devem fazer inscrição enviando e-mail para caique@ffclrp.usp.br ou pelo telefone (16) 3315.3812. É gratuito, aberto ao público e coordenado pelo professor Emerson Ricardo Pansarin, da FFCLRP. Será no Departamento de Biologia, da FFCLRP, campus USP em Ribeirão Preto, Avenida Bandeirantes, 3900.

Mais Informações: (16) 3315.4966

Bifrenária Aureofulva (english version)

Postado em Atualizado em

Rústica, a Bifrenária aureofulva que tenho, está sendo cultivada em um coqueiro que pega luz da manhã até mais ou menos meio dia. No começo quando a plantei fiquei observando se o local escolhido era adequado, pra isso fiquei vendo como estava seu desenvolvimento e a cor das folhas,se estava amarelas ou não, o Sol não a afetou muito e  logo percebi que ela tinha gostado do lugar e começou a soltar um novo bulbo, o único detalhe que notei foi sua lenta enraização, ainda hoje não finalizada. Sigo adubando a cada 15 dias com uma mistura bem fraca de enraizador, micronutrientes e manutenção, uso como solvente água da chuva que coleto direto das calhas da minha casa. DSCN0020-7ef28Neste ritmo de adubação e regas não tão frequentes devido ao excesso de chuva que vem ocorrendo na região de Ribeirão Preto, no começo do mês de março minha bifrenária resolveu dar sua segunda florada com um cacho de seis flores, lindas e bem laranjas. Cada pétala estava perfeita, sem nenhuma mancha e o curioso foi que uma aranha resolveu fazer dela sua morada, por isso minha bifrenária está envolta de teia da inquilina aracnídea. Eu claro, deixei tudo em paz……aranha, orquídea e eu.

 

A Bifrenária pode ser reproduzida por sementeira ou por divisão, o cultivo é fácil, a floração se dá no verão, gosta de umidade e luz, não direta. É epífita e se espalha desde o Rio Grande do Sul até a Bahia. Possível de ser encontrada desde florestas de Araucária até nas densas e úmidas árvores da Serra do Mar.

370610046-XG
Chapada Diamantina – Bahia, Brasil

É uma planta essencialmente epífita, porém já se observou espécies crescendo em rochas na Chapada Diamantina. Não é uma planta grande, tem crescimento simpodial e seus bulbos são bem carnudos e duros, lembra um cacto, indicando que elas estão adaptadas a longos períodos de seca.

 

 

A Bifrenária aureofulva é realmente inconfundível, até mesmo se comparado com orquídeas da mesma família, devido sua  flor ter cor alaranjadas com pétalas e sépalas acuminadas (pontudas), que não se abrem muito. A cor pode variar de amarelo a laranja.

Sobre as Bifrenárias:

O nome deste gênero (Bif.) origina-se do Latimbi (dois); e frenum freio ou tira; referindo-se aos dois talos parecidos com tiras, estipes que unem as polínias e o viscídio. Esta característica as distingue do gênero Maxillaria.

Bifrenaria aureofulva (4)As Bifrenaria existem desde o norte da América do Sul, uma espécie também emTrinidad, até o Rio Grande do Sul, no entanto divididas por duas áreas isoladas:a Floresta Amazônica, e a região da Mata Atlântica do Brasil. Esta última, onde dezessete espécies se fazem presentes, pode ser considerada seu centro de dispersão recente. A área montanhosa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo é particularmente rica, com quinze espécies registradas. A Serra dos Órgãos no Estado do Rio de Janeiro é referenciada como habitat de catorze das Bifrenária. 

parque-nacional-serra-dos-orgaos-1
Serra dos Órgãos – Rio de Janeiro, Brasil

No entanto sabemos hoje que algumas destas espécies são sinônimas, sendo mais provável que ali estejam cerca de onze espécies.

156650d98405171dd6fc4093a6b64751dc0c

As espécies de flores grandes são mais comuns na região sudeste do Brasil, contudo, existem desde as áreas mais iluminadas do litoral até áreas montanhosas bem iluminadas dos estados de Minas Gerais e Bahia, desde quase o nível do mar até cerca de 2.000 metros de altitude, algumas espécies atingindo até o Rio Grande do Sul.

16678298689_d261a9b169_b

Pouco se sabe sobre a polinização das espécies de Bifrenaria, aparentemente os únicos registros sobre este assunto existentes na literatura relatam a presença de polinários de algumas das espécies grandes observados nas costas de machos de abelhas Eufriesea violacea (Euglossini) Euglossinae, e de Bombus brasiliensis (Bombini). Apesar de não haver informações sobre a observação direta da polinização de suas flores, um estudo publicado em 2006 analisou a micromorfologia do labelo de espécies de Bifrenária em busca de substâncias possivelmente utilizáveis pelos insetos como alimento.

 

 

 

 

Informações sobre a Chapada Diamantina:

Turismo de aventura

Informações sobre a Serra dos Órgãos:

http://www.icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos/

 

Quer comprar uma? então acesse:

http://www.colibriorquideas.com.br/especies/Bifrenariaaureofulva.php

http://orquidarioesplendor.com.br/especies/160-bifrenaria-aureofulva.html

 

Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bifrenaria

http://www.colibriorquideas.com.br/especies/Bifrenariaaureofulva.php

ENGLISH VERSION: 

Rustic, the Bifrenaria aureofulva I have is being grown on a coconut tree that catches the morning light until about noon. At first when I planted I watched the venue was appropriate, for it was seeing how was its development and the color of the leaves, it was yellow or not, the sun did not affect much and soon realized that she had liked the place and began to drop a new bulb, the only detail I noticed was its slow rooting, still not finished. Following composting every 15 days with a very weak mixture of rooter, micronutrients and maintenance, use as solvent rainwater that collect direct from the gutters of my house.

At this rate of fertilization and irrigation not as frequent because of excessive rainfall that has occurred in the Ribeirão Preto region, earlier this month of March my Bifrenaria decided to give his second bloomed with a bunch of six flowers, beautiful and well oranges. Each petal was perfect, without blemish, and the curious thing was that a spider decided to make it his home, so my Bifrenaria is shrouded web of spidery lodger. I of course left all alone …… spider orchid and me.

Bifrenaria may be reproduced by seed or by division, cultivation is easy, flowering occurs in summer, like moisture and light, not direct. It is epiphytic and spreads from the Rio Grande do Sul to Bahia. Can be found from Araucaria forests to the dense and humid trees of the Serra do Mar.

It is essentially an epiphytic plant, but has been observed species growing on rocks in the Chapada Diamantina, State of Bahia. There is a large plant, has Sympodial and their bulbs are very fleshy and hard, resembling a cactus, indicating that they are adapted to long periods of drought.

The aureofulva Bifrenaria is really unmistakable, even when compared with orchids of the same family, because its flower has orange color with petals and sepals acuminate (pointed), that do not open too. The color can range from yellow to orange.

TOURISM IN BRAZIL:

Information about Chapada Diamantina (Bahia):

Turismo de aventura

Information about Serra dos Órgãos(Rio de Janeiro):

http://www.icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos/