Sumaré do mato, cola e remédio do pantaneiro

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Que orquídea pode ser alimento em formato de baunilha, enfeite e perfume (Corningiana) eu sabia, mas usada como cola e medicamento é novidade.

A orquídea Sumaré do Mato (Sumaré em tupi-guaraní significa silvestre) ou Cyrtopodium punctatum, tem esta função. Também conhecida como Bisturi-do-mato, bisturi-vegetal, cola-de-sapateiro, lanceta-milagrosa, rabo-de-tatu, sumaré-da-pedra, sumaré-do-pau, ela ajuda a curar diversas doenças.

Sumaré do Mato
Sumaré do Mato

Esta orquídea tem uma seiva que é usada pelos pantaneiros (Pantanal) como cola e também outras partes da planta como uso medicinal para curar cicatriz, tratamento de acne, furúnculo, coqueluche, tosse, previne queda de cabelo entre outros. Lembrando que como é homeopatia, não se deve abandonar o tratamento médico convencional.

É nativa do continente americano, tem hábito terrestre e epífitas e apresenta pseudobulbos carnosos, seu nome vem do grego e significa Kyrtos(curvado) e Podion (pé), é uma planta resistente ao fogo e habita matas e savanas com altitudes entre 100 e 800 m.

Sumaré do mato
Sumaré do mato

Leia mais em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyrtopodium_punctatum

http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/sumare-do-mato.html#.VdNHcrJVhHw#ixzz3jBXDHzSR

http://www.tudosobreorquideas.com.br/forum/viewtopic.php?f=21&t=2758

Você pode comprar a pomada de sumaré do mato aqui:

http://www.homeopatiaalmeidaprado.com.br/?route=product/product&product_id=48

Sumaré do Mato sem flores
Sumaré do Mato sem flores

Catasetum, a penetra!!!

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Em uma das minhas viagem ao Pantanal, fiquei hospedado em uma fazenda bem próxima à cidade de Corumbá, não me lembro o nome da fazenda, mas me lembro que num coqueiro havia uma touceira gigante de Catasetum, imaginem quantos anos ela devia ter? muitos!! A flor não era exatamente bonita, mas seu formato espinhoso, rústico, exótico e simples lembro que me deixou encantado.

Catasetum em palmeira
Catasetum em palmeira

O fato é que eu acabei conseguindo uma mudinha e trouxe-a pra Ribeirão, conseguindo cultivá-la com sucesso, Catasetuns são resistentes e querem viver!! A plantinha cresceu e por curiosidade uma de suas sementinhas foi parar no teto de madeira da garagem da minha casa e lá cresceu e se enraizou. Anos se passaram, eu me mudei de lá e fui morar em outra casa maior e com muitas árvores. Um dia vejo no alto de uma palmeira vários brotinhos de Catasetuns nascendo, uau!!! fiquei maravilhado com a quantidade, assim peguei algumas e amarrei nos coqueiros, infelizmente só uma pegou pra valer (hoje eu deixo onde está). Sai andando pelo condomínio para ver onde estava a mãe delas e depois de muito procurar ví que na casa de um vizinho lá estava ela, olha como é incrível, o vento levou as sementinhas até a minha casa e as plantinhas germinaram. Depois minha Catasetum cresceu, floriu várias vezes , criou vários bulbos e agora está hibernando.

Catasetum (aqui em estado de hibernação)
Catasetum (a penetra que falei)

Essa penetra veio parar na minha casa e por sorte veio morar com alguém que cuida e gosta dela. Todo ano ela flore uma flor verde espinhenta que atira políneas para que os insetos a ajudem na polinização, é um barato. Como esta orquídea é comum no Centro-Oeste brasileiro, ela se adaptou bem aqui em Ribeirão Preto, cidade com clima quente e invernos secos, e como sempre eu trago para vocês alguns links que trarão mais informações sobre esta guerreira.

Informações sobre a espécie:

Nome popular: Orquídeas catasetum – catassetos

A catasetum é uma das várias orquídeas endêmicas das matas ciliares do Centro Oeste brasileiro.

A família Catasetum é bastante diversificada:

– Catasetum fimbriatum,

-Catasetum pileatum,

-Catasetum Cernuum,

– Catasetum barbatum,

– Catasetum macrocarpum, entre outras.

Curiosidades:

  • Apresentam por volta de 170 espécies desde o México até a Argentina e aproximadamente 100 espécies no Brasil.
  • Apresenta cores discretas, mas com rara beleza.
  • Propagação feita geralmente por sementes, dispersas pelo vento. ou,  através de seus pseudo bulbos, quando destacado da planta matriz e, amarrados em troncos de árvores, brotam, formando novas plantas.
  • Suas flores apresentam gatilhos que disparam políneas aos serem tocados por insetos polinizadores que cumprirão o papel de polinizar outras flores, ajudando a reprodução da orquídea Catasetum (genial!!!).
  • Encontram boa morada em coqueiros e palmeiras.
  • Passa por um período de hibernação em que todas suas folhas caem.
  • As flores do Catasetum fimbriatum podem ser masculinas, femininas ou mistas.
  • A Eufriesea violacea é uma abelhinha que poliniza diversos tipos de Catasetuns.
catasetum fimbriatum
catasetum fimbriatum

Dicas de cultivo:

http://www.fazfacil.com.br/jardim/orquidea-catasetum/

http://www.orquideasdemairipora.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=85&Itemid=81

Catasetum barbatum
Catasetum barbatum

Mais informações:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Catasetum

http://www.delfinadearaujo.com/on/on40/Catasetum_Sergio_Queiroz/ctsm_sergio-queiroz.htm

http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=619

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eufriesea_violacea

Catasetum macrocarpum
Catasetum macrocarpum

Vídeo:

A brasileirinha Pseudolaelia corcovadensis

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Pertencente ao um gênero pequeno porém não menos importante (Laeliniae), a Pseudolaelia corcovadensis floresce nas florestas cravadas na cidade do Rio de Janeiro, tem um nome sugestivo porque foi encontrada pela primeira vez no Morro do Corcovado.

As Pseudolaelias tem atualmente 12 espécies conhecidas e todas endêmicas do Brasil

Não são muito vistas em coleções particulares, gostam de clima mais frio e boa exposição ao Sol e bastante umidade já que são encontradas nas serras cariocas bem próximas à nuvens.

No link abaixo você encontrará informações completas sobre várias espécies deste gênero:

http://www.delfinadearaujo.com/on/on29/pages/del01port.htm

Morro do Corcovado - Rio de Janeiro, Brasil
Morro do Corcovado – Rio de Janeiro, Brasil
pseudolaelia corcovadensis
Pseudolaelia corcovadensis
pseudolaelia corcovadensis
Pseudolaelia corcovadensis

Livro: 100 orquídeas Argentinas (e brasileiras!)

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Apaixonados, sabemos que as orquídeas não se importam com fronteiras, por isso vou postar aqui um livro bem interessante que descreve detalhadamente diversos tipos de orquídeas que podem ser encontradas tanto no Brasil como na Argentina. O livro está escrito em espanhol mas é bem fácil lê-lo. Há alguns dados muito importantes como descrição da planta, ambiente, floração, abundância e distribuição geográfica, além de dicas de cultivo de cada uma. É uma excelente fonte de pesquisa e também uma boa leitura. Como dicen los hermanos: Disfruta!

https://books.google.com.br/books?id=lOiVpaB-Fm4C&pg=PA126&lpg=PA126&dq=especies+orquideas+iguazu+argentina&source=bl&ots=jqIX8dWIJw&sig=Z3bnC7J-3Rf5MXa3qGSVlV1vmNE&hl=pt-BR&sa=X&ved=0CD0Q6AEwBmoVChMI5f6n14-NxwIVidkeCh2Y0gej#v=onepage&q=especies%20orquideas%20iguazu%20argentina&f=false

Abaixo confira exemplos de orquídeas encontradas tanto no Brasil como na Argentina:

rodriguezia decora
Rodriguezia decora
Stanhopea lietzei 01
Stanhopea lietzei
zygostates alleniana krzl
Zygostates alleniana krzl
Sarcoglottes grandiflora
Sarcoglottes grandiflora

Orquídeas do Parque Nacional do Iguaçu

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Saudações amigos apaixonados, recentemente tive a oportunidade de visitar o esplêndido Parque Nacional do Iguaçu e como um bom observador de orquídeas não pude deixar de notar a variedade de espécies que se encontra percorrendo as trilhas que levam até as cascatas. Sabe aquele clima úmido? aqueles troncos cheios de musgo e orvalho? pois é, num lugar assim dá pra sentir o quanto nossas amigas ficam felizes. No caminho olhava e olhava a mata densa admirando toda a vida existente, foi quando me deparei com algumas espécies de orquídeas que já me deixaram curioso. Quem eram? quantas tinham? Ai pesquisei e descobri que o Parque Nacional do Iguaçu tem aproximadamente 90 tipos de orquídeas, de epífitas, terrestres e rupícolas.

Você pode conferir outras espécies existem no Parque Nacional do Iguaçu (Brasil e Argentina) no link:

https://es.wikipedia.org/wiki/Anexo:Especies_de_orqu%C3%ADdeas_del_Parque_Nacional_Iguaz%C3%BA_en_Argentina

Dentre tantas espécies temos a Miltonia flavescens uma espécie botânica de orquídeas epífitas provenientes do Brasil, do norte da Argentina e do Paraguai. Confira:

Orchid, Miltonia flavescens, Iguazu National Park, Argentina
Orchid, Miltonia flavescens, Iguazu National Park, Argentina

Durante o passei pude fotografar algumas espécies que iam aparecendo no caminho como alguns dendóbrios, oncidiuns e miltonias, lindamente enraizados, absorvendo luz e umidade da floresta. Fico alegre vendo uma orquídea em estado selvagem, vivendo por sí, se ser incomodada.. Abaixo você pode conferir algumas fotos que tirei.

Pelexia, a brejeira

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Pesquisar, ler e analisar fotos de orquídeas são para mim mais que um passatempo, é uma terapia que vai me enchendo de mais curiosidade e admiração por essas plantinhas tão espertas. Elas sabem bem como nos fascinar, até mesmo uma orquídea não muito dotada de beleza clichê me deixa interessado.

Outro dia lendo uns fóruns descobri que pertinho de minha cidade natal, Campos do Meio – sul de Minas Gerais, floresce um tipo de orquídea que se você não observar bem vai acabar confundindo com os vários arbustos que brotam em brejos por toda aquela região.

Falo da Pelexia, um gênero botânico pertencente à família das orquídeas.

Neste momento estou me perguntando se um dia eu cheguei a vê-la por lá e não me dei conta que era uma orquídea. Hoje na fase adulta quero que ela continue no mesmo lugar, mas confesso que sinto um forte desejo em sair para fotografá-las em seu habitat natural.

O nome do gênero vem do grego pelex, elmo, que lembra o conjunto formado pelas pétalas e sépalas dorsal.

Este é um dos grandes gêneros desta subtribo, com cerca de 75 espécies, presentes em todos os países da América Latina, excetuado o Chile.

Ela costuma nascer e viver em colônias que brotam em brejos.

Sua floração inicia-se em Novembro.

Pelexia
Pelexia (imagem: Jesulino, orquidólogo)
Pelexia
Pelexia (imagem: Jesulino, orquidólogo)

Apostila

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Olá apaixonados, abaixo coloquei um link que te levará a uma apostila com um material muito bom sobre diversos assuntos relacionados à estrela do blog. Aproveite e prestigie o site que contém ainda fórum e uma infinidade de informações sobre as orquídeas.

Clique para acessar o apostila.pdf

LEPTOTES

Também resolvi falar sobre uma espécie de orquídea que a algum tempo adquiri e já tive o prazer de vê-la florescer, é uma Leptotes. Plantas epífita, fortemente presente na Mata Atlântica. Tem distribuição geográfica que favorece sua disseminação na Região Sudeste, porém há registro de duas espécies endêmicas na Sul da Bahia e mais espécies na Paraguai e na Argentina.

Seu cultivo é considerado fácil, porém como qualquer orquídeas, deve-se observar alguns cuidados:

Por suas raízes apodrecerem com facilidade se expostas à umidade excessiva, as Leptotes são melhor cultivadas penduradas em placas de fibras vegetais ou de cascas de árvores. Não dever receber luz solar direta, as regas e adubação devem ser mais frequentes durante o período de crescimento ativo e a temperatura intermediária.

Leptotes unicolor
Leptotes unicolor

Orquídeas nativas do Estado de São Paulo

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Apaixonados, estou sempre pesquisando artigos para trazer boas informações para vocês, desta vez resolvi pesquisar espécies de orquídeas que florescem no Estado de São Paulo e lendo um artigo sobre Orchidaceae na região central de São Paulo, Brasil de Alessandro Wagner Coelho Ferreira , Maria Inês Salgueiro Lima e Emerson Ricardo Pansarin, descobri que aqui pertinho de Ribeirão Preto, na região de Araraquara, Matão, etc (região que é encontro entre dois biomas, o Cerrado e a Mata Atlântica) e por ai vai, foram identificadas várias espécies de orquídeas, dentre elas muitas epífitas (crescem em árvores), algumas terrestre e outras rupícolas (crescem em rochas). Na verdade me alegro em saber que apesar de todo o desmatamento que houve em São Paulo, ainda podemos encontrar em nosso estado, uma diversidade incrível de orquídeas.

Alguns dados relevantes sobre a pesquisa:

Na região central do estado de São Paulo foram registradas 218 espécies de Orchidaceae distribuídas em 96 gêneros e quatro subfamílias: Epidendroideae, Orchidoideae, Vanilloideae e Cypripedioideae.

Dessas, 64 % são epífitas (140 spp.), 35% terrícolas (77 spp.), 15,5% rupícolas (34 spp.), 0,9% hemiepífitas (duas espécies) e 0,4% terrícola micoheterotrófica (uma espécie).

Os gêneros com maior riqueza de espécies foram: Acianthera (13 spp.), Habenaria e Gomesa (12 spp.) e Epidendrum (11 spp.).

Dentre as espécies encontradas durante o desenvolvimento do presente estudo, 44,7% são consideradas como raras na região de estudo, sendo encontrado de um a poucos indivíduos isolados.

Mais informações acesse o link e leia na íntegra a pesquisa:

Clique para acessar o 8-051-09.pdf

Por isso apaixonados, mais uma vez eu peço, vamos adquirir espécies somente de orquidários que já reproduzem tais espécies, assim protegeremos as poucas plantas que ainda restam de forma selvagem na natureza.

Desfrutem da beleza de algumas das nossas conterrâneas:

micro-orquidea-acianthera-recurva-pleurothallis
micro-orquidea-acianthera-recurva-pleurothallis
Habenaria
Habenaria
epidendrum
epidendrum

Visita à exposição de orquídeas no RibeirãoShopping

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Apaixonados, hoje fui visitar a exposição de orquídeas do RibeirãoShopping, confesso que saí um pouquinho decepcionado.

Não pelas orquídeas, mas pela maneira muito comercial que a exposição se formou, a exposição creio eu é mais para quem quer apenas comprar uma orquídea e dar de presente, ai sim, terão belíssimos exemplares para comprar, porém pouca variedade e o que eu menos gostei, sem mudas de orquídeas, apenas adultas florindo. Para um colecionador ver (sem desmerecer) as mesmas orquídeas clichês de sempre não resultou muito atrativo. Mas uma orquídea me chamou atenção, uma espécie híbrida havaiana, por sinal linda, mas que é protegida por lei de registros, ou seja, não pode ser reproduzida.

me chamou atenção  esta indústria da orquídea, e sem ser falso moralista, pois entendo que as pessoas tem que sobreviver, fico pensando, no entanto, em como o a vida está virando apenas mercadoria. Mas é isso ai, de qualquer forma a exposição está com um paisagismo espetacular, com destaque para as Miltássia, um hibrido entre Miltônia e Brássias.                                                                     

           

orquídea havaiana
Orquídea havaiana

                  

Miltassia Shelob
Miltassia Shelob “Tolkien”

Phymatidium hysteranthum Barb.Rodr

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Amigos apaixonados, vou começar a postar uma foto de uma mini orquídea que floresce em Congoinha no Paraná. Ela é uma epífita e floresce entre outubro a novembro. acessem o link e vejam mais espécies:

http://orquideasdecongonhinhas.blogspot.com.br/ p1010044